Monday, 8 September 2014

Benfica resgatou passes de vários jogadores

Através de um comunicado enviado à CMVM, a SAD encarnada deu a conhecer o facto de ter recuperado a 100% o valor económico dos sete jogadores.

Leia o comunicado na integra:
"A Sport Lisboa e Benfica – Futebol, SAD, em cumprimento do disposto no artigo 248º do Código dos Valores Mobiliários, vem prestar a seguinte informação relacionada com o Benfica Stars Fund – Fundo Especial de Investimento Mobiliário Fechado:

Tendo a consideração que o referido Fundo terminará a sua atividade a 30 de Setembro do corrente ano, e que o referido fecho implicará a distribuição de parte dos direitos económicos dos atletas detidos pelo Fundo por terceiras entidades, existe um interesse estratégico por parte da Sociedade em recuperar os referidos direitos económicos, de forma a evitar a sua dispersão;
 
A Sport Lisboa e Benfica – Futebol, SAD procedeu à aquisição de 85% das Unidades de Participação (UP’s) do referido Fundo, passando a deter a totalidade das UP’s do mesmo, tendo para o efeito realizado um investimento global de 28.911.320 euros;

De acordo com a informação disponibilizada no site da CMVM, à data de 31 de Julho de 2014, o valor líquido global do Fundo ascende a 26.783.737 euros, o qual inclui diversos ativos e passivos, cujo montante líquido equivale a 21.704.300 euros, e ainda a carteira de jogadores valorizada em 5.079.437 euros, que tem a seguinte composição:

Atleta Percentagem
Airton 40%
Djuricic 20%
Franco Jara 10%
Gaitán 15%
Maxi Pereira 30%
Nélson Oliveira 25%
Rúben Amorim 50%
Sulejmani 25%
Urretaviscaya 20%

Com esta aquisição, a Sport Lisboa e Benfica – Futebol, SAD passou a controlar a totalidade dos direitos económicos dos atletas que compunham a carteira de jogadores do Benfica Stars Fund a 31 de Julho de 2014, à exceção dos atletas Nélson Oliveira, relativamente ao qual só controla 70% dos direitos económicos, e Urretaviscaya, que rescindiu o contrato de trabalho desportivo no passado dia 1 de setembro."O Benfica gastou 29 milhões de euros e recuperou a totalidade dos passes de Gaitán, Rúben Amorim, Maxi Pereira, Franco Jara, Djuricic, Nélson Oliveira, Airton, Sulejmani e Urreta. Uma acção "de risco", mas que, segundo o economista Camilo Lourenço, "faz sentido" quando se trata de "activos que são apetecíveis".

O comentador de economia explica que o Benfica fez um julgamento sobre se valia "a pena comprar estes passes, tentar valorizá-los e vendê-los no mercado como mais-valias ou deixar ficar as coisas como estão". Camilo Lourenço entende que sempre que as "instituições têm liquidez suficiente devem fazer este tipo de operação".

Agora, o economista lembra que, como em todas as operações, também esta envolve "riscos", uma vez que nem em todos os "passes se podem realizar mais-valias".

Camilo Lourenço sublinha que a existência destes fundos é cada vez mais uma necessidade dos clubes, dado que a "banca já não pode apoiar como apoiava". Devido a esta situação, "os clubes estão cada vez menos a depender da banca e cada vez mais do mercado", conclui o economista.

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