HOJE às 12:15
Confrontos: Mais de 300 mortos na República Centro Africana
Mais de 300 pessoas morreram desde quinta-feira em Bangui, capital da República Centro-Africana, nos ataques das milícias contra civis, anunciou a Cruz Vermelha Centro-Africana (CVCA).
Um alto funcionário da organização divulgou estes números provisórios na sexta-feira à noite, uma vez que o número de mortos pode aumentar porque as buscas para encontrar pessoas desaparecidas nos últimos dias continuam.
"No meu bairro, ainda há corpos estendidos no chão. É complicado recolhê-lo. A Cruz Vermelha ainda não entrou na área e temos medo das epidemias", disse à agência espanhola Efe Quentin Ningatouloum, residente em Galabadjia, em Bangui.
A situação de segurança permanece hoje caótica em Bangui, apesar da presença de tropas francesas na cidade, devido à violência na cidade desde que milícias de autodefesa cristãs "Anti-Balaka" iniciaram os seus ataques, tendo sido travadas pelas forças de segurança apoiadas pela milícia muçulmana Seleka.
"Os assassinatos continuam, os homens armados ainda estão presentes e cometem atos de violência na cidade", disse à Efe uma autoridade local do quarto distrito da capital.
Às primeiras horas de hoje, Bangui era uma cidade deserta, embora os soldados franceses tenham intensificado as suas patrulhas desde a noite passada.
"Este dia deverá ser decisivo. O exército francês deverá tomar medidas para expulsar os homens de Seleka, que continuam os abusos no nosso bairro", disse à Efe Redebale Kevin, um morador da área Boy Rabe, no norte de Bangui, que teve que se refugiar num mosteiro por causa dos combates.
Os combates intensificaram-se na quinta-feira após ataques de militantes "Anti-Balaka", apoiantes de presidente deposto François Bozizé, horas antes da ONU autorizar a intervenção militar da França para proteger a população e restaurar a ordem no país.
A República Centro-Africana, com 4,5 milhões de habitantes, mergulhou no caos desde o golpe de Estado de março realizado pela coligação rebelde Séléka, com origem na minoria muçulmana, que afastou do poder o Presidente François Bozizé.
Diário Digital com Lusa
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