O antigo líder social-democrata Marcelo Rebelo de Sousa considerou "repugnante" o facto que o sorteio do Fisco ir atribuir carros de luxo.
No seu habitual espaço semanal de comentário político, na TVI, Marcelo elogiou a ideia do sorteio, que disse ter "sido bem encontrada", mas criticou o prémio: “Repugna-me a ideia da entrega de automóveis topo de gama".
O sorteio “Factura da Sorte”, cuja criação foi aprovada na passada quinta-feira em Conselho de Ministros, vai ser semanal, com sessões extraordinárias no Verão e no Natal, e atribuirá automóveis, segundo o ministro da Presidência, Luís Marques Guedes. Estão habilitados a participar nele "todos os consumidores finais, relativamente a todas as facturas emitidas desde 1 de Janeiro de 2014 e comunicadas à Autoridade Tributária e Aduaneira, que incluam o número de identificação fiscal dos adquirentes".
O comentador lembrou que quando este Governo tomou posse disse que ia mudar os hábitos dos portugueses e fazer uma revolução cultural. “ Este primeiro-ministro, que ia fazer um clique para mudar a mentalidade dos portugueses, quando decide dar um prémio, o que dá? Dá abatimento nos impostos, não dá? Dá certificados de aforro, não dá. Dá a possibilidade daquele quantitativo ser utilizado na vida das pessoas para compensar um imposto que tenham em atraso ou para resolver outros problemas, não. Dá carros de luxo.”
Na sua opinião isto é Passos Coelho a render-se aos hábitos vindos do passado. “Escolheu o meio que é o retrato daquilo que ele se propôs combater quando entrou para o governo”, acusou.
Quanto à polémica sobre a venda das obras de Miró, Marcelo Rebelo de Sousa diz que Portugal parece uma “República das Bananas”. O comentador critica quase tudo no processo que conduziu à suspensão do leilão e disse esperar que, o episódio tenha servido de lição.
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