O combustível e os lubrificantes consumidos pelos 26 veículos que o gabinete do primeiro-ministro tinha ao seu serviço em 2012 custaram 85.384 euros aos contribuintes. Cerca de sete mil euros por mês, 235 por dia, ou 3.301 por veículo durante esse ano.
No orçamento entregue a 15 de outubro de 2011 no Parlamento, Passos Coelho, desde 21 de junho à frente do Governo, previa gastar com a frota do seu gabinete 130.000 euros em combustível e lubrificantes em 2012. Em dezembro desse ano, decidiu cortar 4.078 euros, corrigindo assim a previsão inicial para os 125.992 euros.
De acordo com a Conta Geral do Estado de 2012, onde consta a despesa efetivamente realizada, concluiu-se que Passos teve 'mais olhos do que barriga'. Dos 125 mil orçamentados gastou os tais 85.834,01 euros, tendo sobreorçamentado mais de 40 mil euros. Mas não foi caso único na Presidência do Conselho de Ministros, nem no resto do Governo.
O secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro, Carlos Moedas, começou por orçamentar 50 mil euros, acrescentou mais 2000 em fevereiro de 2012 e reportou uma despesa de 8.432,52 euros. Ficaram por gastar quase 44 mil euros, exatamente o mesmo que o então ministro da Economia previa gastar em combustível e lubrificantes no seu gabinete. Tal como os seus colegas de Governo, Álvaro Santos Pereira falhou a estimativa em 26 mil euros, tendo gasto cerca de 18 mil.
Em conjunto, os 12 gabinetes ministeriais falharam, em 2012, a estimativa com as despesas em combustíveis e lubrificantes em 136 mil euros. Orçamentaram 446.024 euros e gastaram 299.588 euros.
SEMPRE A ABRIR
O primeiro-ministro faz-se transportar num Mercedes Benz classe S350 a gasóleo, um modelo de 2009, matriculado em agosto de 2010.
Segundo o site da Mercedes, o S350 está equipado com um motor V6, de três litros, com 258 cavalos de potência às 3600 rotações por minuto. Consome em média, informa o construtor alemão, cerca de seis litros a cada 100 quilómetros.
No entanto, por questões de segurança, os automóveis dos membros do Governo circulam, sobretudo nas autoestradas, a velocidades muito superiores aos 120 km/h, com base nos quais são feitas as médias da Mercedes.
Além disso, o chefe do Governo não viaja sozinho, sendo necessário somar aos consumos do carro de Passos Coelho os dos veículos, igualmente de alta cilindrada, que o acompanham nas suas deslocações pelo país.
Em 30 de junho deste ano, de acordo com o relatório do Parque de Veículos do Estado do segundo trimestre de 2013, o chefe do Governo tinha no seu gabinete 23 viaturas, oito de representação e 15 de serviços gerais
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