A ocidental Lviv é uma das sete cidades-sede regionais na Ucrânia sob controlo dos protestantes antigoverno. O governador Oleg Salo, que tal como todos os outros no país foi nomeado diretamente pelo presidente Viktor Yanukovich, viu-se mesmo obrigado a assinar na quinta-feira uma carta de demissão e a entregar o controlo do edifício estatal. Esta sexta-feira, Salo ainda tentou voltar ao edifício, mas desistiu perante a oposição dos protestantes, que impediram a entrada de todos os funcionários do governo regional.
O oeste da Ucrânia é, aliás, uma zona onde a popularidade do presidente Viktor Yanukovich está longe de ser boa. Talvez por aí se explique o sentido da progressão da tomada de controlo do país pelos vários grupos regionais antigoverno que se tem vindo a formar desde o início dos protestos há cerca de dois meses e, de forma mais ativa, desde o último domingo.
Apesar das tréguas Kiev, o avanço regional dos protestantes segue para leste de Lviv, rumo à capital, e já afeta metade das 24 regiões que compõem a Ucrânia. Às sete regiões já usurpadas ao governo, juntam-se mais cinco onde a tomada dos edifícios estatais estará iminente.
Polícias viram costas ao governo
As forças se segurança estão também a contribuir para a perda de força do presidente Yanukovich. São já quatro os ofíciais da polícia antimotim, a já famosa Berkut, a pedir demissão. Foi o caso de Yaroslav, um dos ofíciais que entregou a farda. “Outrora foi Jesus que foi espancado, torturado e colocado na cruz. Agora, aqui, em tempo de paz, são os manifestantes que são torturados e despidos em plena neve. Sinto vergonha pelos meus colegas que cometem tais atos ilegais contra os próprios compatriotas”, assumiu Yaroslav.
As forças se segurança estão também a contribuir para a perda de força do presidente Yanukovich. São já quatro os ofíciais da polícia antimotim, a já famosa Berkut, a pedir demissão. Foi o caso de Yaroslav, um dos ofíciais que entregou a farda. “Outrora foi Jesus que foi espancado, torturado e colocado na cruz. Agora, aqui, em tempo de paz, são os manifestantes que são torturados e despidos em plena neve. Sinto vergonha pelos meus colegas que cometem tais atos ilegais contra os próprios compatriotas”, assumiu Yaroslav.
As imagens das torturas de protestantes em Kiev que têm vindo a público são um dos principais motivos para muitos policias em Lviv se virarem contra o governo. Os que não mudam mantêm-se barricados pelos protestantes no quartel general da Berkut, nesta cidade na ponta oeste do país, como testemunhou o correspondente da euronews em Lviv, Mikhaylo Dubyak: “Depois das renúncias de vários oficiais da polícia, os protestantes exigem agora que todos os outros lhes sigam os passos. Os ativistas continuam a bloquear o quartel da Berkut e com isso a evitar o reforço das forças policiais em Kiev.”
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