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Thursday, 31 July 2014

Alemanha superior bate Portugal na final do Europeu

Alemães venceram Portugal por 1-0, com golo de Mukhtar ainda na 1.ª parte. A Seleção Nacional não conseguiu travar a superioridade alemã, vísivel no ataque e na defesa..
Apesar do desaire averbado na final do Europeu de Sub-19, o selecionador nacional Hélio Sousa elogiou os seus pupilos e admitiu que esta geração tem tudo para ser bem sucedida.

"Tivemos as nossas oportunidades e devíamos ter sido mais eficazes para reentrarmos no jogo, depois de termos sofrido o golo. Os nossos jogadores foram inexcedíveis. Temos um orgulho enorme nas suas capacidades, no espírito com que encarnaram a representação da nação e do nosso futebol. Temos futuros jogadores com qualidade, vontade e querer. Esta é uma geração que há dois anos não esteve na fase final do Europeu, pelo que o nosso crescimento como equipa foi enorme", elogiou.

"Temos garantida a presença no próximo Mundial [na Nova Zelândia], para que os jogadores continuem a ser melhores e a procurar o seu espaço. A nossa formação tem mostrado, todos os anos, que tem jogadores capazes para dar o passo seguinte", admitiu.

"Têm que ser inseridos em contextos que potenciem potencialidades e serem opções válidas num futuro próximo. São uma geração que quer receber ensinamentos para ser mais forte no futuro", concluiu.Sub-19: Portugal-Alemanha, 0-1 (crónica)Portugal perdeu a final do Campeonato da Europa de sub-19. A realidade fria e dura, como os atributos que se colocam muitas vezes à Alemanha, nova campeã europeia a categoria. A seleção portuguesa caiu pela margem mínima, mas a distância neste jogo foi maior do que isso. Das várias ocasiões que teve, a Mannschaft sub-19 só marcou uma, o que deu para alimentar a esperança até final. 

Mas a realidade, cruel, é esta: a Alemanha é melhor. E não se pode ficar melindrado com a observação. Tem, isso sim, de se encurtar a distância para os jovens germânicos. Mas esse é um debate para lá do jogo. Na capital húngara, Portugal assustou verdadeiramente uma vez. O pé esquerdo de Rony Lopes quase empatava o jogo, mas uma perna germânica apareceu pelo caminho e segurou o título para os alemães. 

Portugal confrontou-se com um adversário que era favorito. A Alemanha entrou determinada a justificar isso mesmo e num quarto de hora dominou por completo a partida. Mais rápida, mais forte, mais intensa. Enfim, bem acima do que os jogadores portugueses podiam fazer em campo. Talvez a tal experiência nas equipas principais, muito maior do lado germânico, tenha alguma coisa a ver com isso… 

André Moreira defendeu um remate de Stendera e depois Selke atirou ao lado da baliza portuguesa. Portugal equilibrou um pouco depois disso, mas só surgiu na área uma vez, com Rafa a cruzar para as mãos de Schnitzler. Foi o melhor que a seleção fez num primeiro tempo em que sofreu o golo que determinou o vencedor. 

Mukhtar respondeu a um cruzamento da direita para fazer o 1-0, numa altura em que os alemães já tinham acrescentado mais ocasiões à estatística. Aos 39 minutos, Portugal perdia. 

Era necessário reagir, mas o adversário nunca deixou. Provavelmente, as pernas portuguesas também não. Portugal teve um prolongamento na meia-final do qual precisou de recuperar e pareceu cansado. Não é desculpa, é apenas mais um fator a ajudar à supremacia alemã. 

No segundo tempo, ainda assim, Rony Lopes teve ocasião para empatar, quando aos 68 minutos Gelson Martins lhe cedeu a bola na área. Kimmich não deixou que a bola chegasse às redes, quando o guarda-redes Schnitzler já estava batido. 

A técnica portuguesa não parece ficar atrás da alemã. Isso foi notório nalguns duelos individuais, mas o tal ritmo e intensidade germânicos sobrepuseram-se na partida e, há que dizê-lo, neste torneio. A Alemanha ainda acabou a desperdiçar mais ocasiões, enquanto Portugal lutava para agarrar o empate. Não surgiu e conforme as probabilidades indicavam, os alemães são campeões europeus de sub-19. 

Portugal voltou a um palco grande numa competição júnior e isso é sempre de realçar. Os rapazes estão de parabéns pelo muito que fizeram. Mas a realidade crua e dura é que para se chegar [estes ou outros] ao nível alemão pode ainda faltar outro tanto. Uma boa notícia, porém: se foi vice-campeão, Portugal é, à partida, o mais bem posicionado, entre europeus, para o conseguir.  

FICHA DE JOGO

Estádio Ferenc Szusza, em Budapeste
Árbitro: Estrada Fernandez (Espanha)
Resultado ao intervalo: 0-1

Portugal: André Moreira; Riquicho, Domingos Duarte, João Nunes, Rafa; Guzzo (Francisco Ramos, 59), Podstawski, Rony Lopes; Gelson Martins (Jorge Intima, 84), André Silva, Ivo Rodrigues (Romário Baldé, 66).
Suplentes não utilizados: Tiago Sá, Rebocho, Jordan, Palhinha.

Alemanha: Schnitzler, Akpoguma, Stark, Kempf, Holthaus; Oztunali, Klimmich; Brand, Stendera (Lohkemper, 84'), Mukthar; Selke.
Suplentes não utilizados: Gersbeck, Itter, Lohkemper, Syrhe, Trumner, Friedrich, Stolze.
Marcadores: 0-1 por Mukthar (39 min)
Disciplina: Kempf (74) e Holthaus (80)

Tuesday, 29 July 2014

Reino Unido : 15 mil pessoas visitaram Festival português em Peterborough

Reino Unido : 15 mil pessoas visitaram Festival português em Peterborough
A música e a cultura, os costumes, a gastronomia e as tradições de Portugal animaram Peterborough no fim-de-semana de 19 e 20 de julho. O Festival Português encheu de alegria o largo da Catedral de uma cidade inglesa onde reside uma vasta comunidade portuguesa que na sua maioria ali começou a chegar no final dos anos 90 e início de 2000. Foi a primeira vez que os portugueses em Peterborough celebraram o seu país e deram a conhecer as suas tradições. Um evento que se deveu à determinação de Paulo Batista, João Ferreira e Luis Pedro, três portugueses que levaram avante o projeto. Valeu a pena. Durante dois dias, passaram pelo espaço do Festival Português cerca de 15 mil pessoas, entre portugueses, ingleses e nacionais de outras comunidades estrangeiras, residentes nem Peterborough e noutras cidades inglesas.
“Orgulho” foi a palavra que Paulo, João e Luís escolheram para resumir um sentimento comum, no final do Festival Português. Um sentimento que, sublinharam, não se resume a eles, porque o sentiram e ouviram, por parte dos portugueses que passaram pelo largo da catedral de Peterborough no fim-de-semana de 19 e 20 de julho.
“Estamos realmente orgulhosos. Deu-nos um trabalho imenso, é verdade, mas sentimo-nos felizes”, afirmou João Ferreira ao Mundo Português, no final de um evento que pela primeira vez foi realizado naquela cidade da Inglaterra, onde reside uma vasta comunidade portuguesa.
Os números avançados pelos organizadores dão conta do sucesso. “Pelas nossas perspetivas, passaram pelo espaço do Festival Português, cerca de 15 mil pessoas, nos dois dias”, afiançou Paulo Batista, cuja empresa foi também um dos patrocinadores do evento. Paulo destacou ainda o contentamento transmitido pelos responsáveis dos espaços abertos durante o festival.
Uma parte do recinto foi ocupado por cerca de 27 stands onde o público português pode ‘matar’ as saudades dos sabores portugueses e os ingleses puderam conhecer um pouco da gastronomia lusa. “Os comerciantes portugueses que apostaram neste evento e participaram com o seu stand já nos disseram que ficaram muito contentes com o que se passou aqui, neste fim-de-semana”, afirmou Paulo Batista.
Num espaço bem organizado que em tudo fazia lembrar as festas de verão em Portugal, os stands deram a provar as sardinhas e febras assadas, os enchidos e os queijos, o frango e a entremeada, o caldo verde, o vinho e a cerveja portugueses, entre outros petiscos. Mas também lá estava a pastelaria tradicional portuguesa, com o pastel de nata a ‘brilhar’, mas onde não faltaram até as queijadas e o bolo do Caco (tradicional da Ilha da Madeira).
Mas se os stands foram na sua maioria ocupados por restaurantes, cafés, padarias e bares portugueses, houve também espaço para o artesanato, desde os panos de prato decorados com motivos portugueses, bandeiras, bonés e cachecóis de Portugal, até a artigos originais e à tradicional olaria de barro do Alentejo. Três instituições bancárias portuguesas marcaram também presença, e não faltou ainda a participação de duas empresas portuguesas recém-criadas, ligadas à importadora e distribuidora de produtos portugueses gourmet, que escolheram o Festival Português de Peterborough para iniciarem a divulgação dos seus produtos ao público, como presenciou o Mundo Português, nos dois dias do evento.
Mas a impressão positiva também foi transmitida por um dos principais patrocinadores do evento: a autarquia da cidade. “O feedback que os responsáveis da Câmara, que aqui estivam os dois dias, nos transmitiram foi bom, foi positivo. Gostaram, estão contentes e por eles, para o ano, haverá mais”, revelou Luís Pedro.
E em 2015 haverá realmente mais. Paulo Batista, João Ferreira e Luis Pedro não têm dúvidas ao assegurar que Peterborough, cidade a cerca de 125 quilómetros de Londres, vai acolher no próximo ano a segunda edição do festival Português. “Estamos realmente orgulhosos. Deu-nos um trabalho imenso, é verdade, mas sentimo-nos felizes”, afrmou João Ferreira, revelando que a festa regressa em 2015.
“Concerteza que haverá uma segunda edição. Se ao início estávamos um pouco receosos por levarmos adiante esta primeira edição, agora, após o sucesso deste Festival Português, temos a certeza de que para o próximo ano irá haver uma segunda edição”, assegurou.
Sabor a Portugal
Com pouco mais de 180 mil habitantes, Peterborough tem a economia centrada na indústria, o que fez atrair um grande número de imigrantes e tranformou a cidade numa urbe multicultural, onde os portugueses formam uma das principais comunidades estrangeiras. São vários os espaços comerciais portugueses espalhados pela cidade, mas a comunidade portuguesa – que na sua maioria ali começou a chegar no final dos anos 90 e início de 2000 – não tinha ainda realizado nenhum evento cultural.
O Festival Português começou a ser delineado em julho do ano passado pelos três amigos, que com avançaram cpm p evento em novembro último. Foram nove meses de muito trabalho e que passaram entre outros aspectos, pela conquista da confiança da comunidade portuguesa. Dias antes do evento, João Ferreira revelava ao Mundo Português que “a comunidade estava um pouco cética em relação a este projeto”, mas ao mostrarem que estavam “a trabalhar com afinco para realizar o festival”, os três organizadores convenceram-na que o evento ia avançar”.
Ao patrocínio da Câmara Municipal local, da cadeia de televisão BBC e da Lebara Mobile, juntaram-se os apoios da PB Leaflet Distribution e do restaurante Sado, que ajudaram a levar o Festival Português ‘a bom porto’. O sucesso do evento foi visível nos dois dias. O público começou cedo a preencher o largo da Catedral (Cathedral Square), e a degustar as iguarias portuguesas.
No stand da ‘Portugal Bakery’, os pastéis de nata, as queijadas e os bolos não passavam despercebidos. Pouco passava dasa nove horas da manhã e o aroma convidava a um pequeno almoço português. António Nunes foi de Londres especialmente para levar a sua Portugal bakery a Peterborough e não teve mãos a medir durante os dois dias. Se o pastel de nata foi a principal escolha dos ingleses, já os portugueses não perderam também a oportunidade de comprar a broa de milho, o pão caseiro ou os bolos de laranja, e de cenoura.
No stand ao lado, Luis da Silva preparava desde cedo as iguarias que o seu restaurante ‘Mar Azul’ ia servir. Madeirense de Santa Cruz, há 30 anos a residir em Londres, esteve desde sempre ligado à restauração “e sempre junto da comunidade”, por isso, quando tomou conhecimento do Festival, não hesitou em participar. No stand da ‘Carla Coffee’ também se servia apenas comida portuguesa. O café-restauranrte é um dos vários espaços comerciais lusos dispersos pela Lincoln Road, a avenida mais ‘portuguesa’ da cidade de Peterborough. “No meu restaurante, tudo é português: a pastelaria, os pratos, o café, só faço comida portuguesa”, sublinha Carla Peixoto, natural de V. N. de Famalicão e há 14 anos a viver na cidade.
Num outro espaço, Andrea Gomes, natural de Leiria e residente na Inglaterra há apenas quatro anos, dava a conhecer a olaria do Alentejo. O encerramento da empresa onde trabalhava, em Shefield, levou-a a arriscar trabalhar por conta própria e escolheu o Festival Português para “perceber se este era um projeto com possibilidades de seguir em frente”. Foi à experiencia do avô, que sempre vendeu aquela louça tradicional alentejana, que Andrea Gomes foi buscar a inspiração e o apoio para levar de Portugal um leque variado de itens que chamaram a atenção de muitas pessoas que passaram pelo Festival. No fim, revelou a este jornal ao o evento superou as suas expectativas e deu-lhe “ânimo” para levar avante o seu projeto.
Trabalhar com artesanato e um dia, abrir um espaço de venda ao público, é também o sonho de Ana Lopes. Quem passou pelo seu stand, admirou os lenções de bebé bordados em ponto cruz, os quadros e as t-shits bordados, as malas, sacose porta moedas originais feitos numa gama variada de tecidos. “É a primeira vez que participo num evento para divulgar o meu artesanato, mas gostaria de fazer disto um negócio”, contou Ana Lopes que está há 12 anos em Inglaterra.
Música e baile…
Mas nem só de artesanato e de comes e bebes se fez a história de dois dias bem portugueses em Peterborough. Também se cantou e dançou na Cathedral Square. E no fim, a uma só voz, entoou-se o Hino nacional.
O cartaz musical iniciou com a atuação do Grupo Tradições de Portugal, um rancho folclórico tradicional da Ilha da Madeira, sediado em Londres, que encantou tanto pelas danças como pelos trajes típicos. De seguida apresentam-se os britânicos Adrian Duffy, a banda Fenech Solar, One Eyed Cats, os Goldstar e ainda o Peterborough Choir. O elenco britânico do cartaz musical ficou concluído com a apresentação muito aguardada do cantor de ópera Paul Potts – o vencedor da primeira série do concurso de talentos artísticos ‘Britain’s Got Talent’. O primeiro dia encerrou ‘em grande’ com o baile tipicamente português comandado por Sérgio, um artista luso radicado em Inglaterra.
No segundo dia, houve fado e música popular portuguesa. Os irmãos do duo SD Brothers encantaram em palco. Sérgio, de 11 anos, e Diego, de 9 anos, levaram o público a dançar, com uma mistura de temas. Entre musica popular portuguesa e ritmos brasileiros e angolanos, os irmãos animaram o largo em frente ao palco e foram ainda responsáveis por uma coreografia, ao som de ‘kizomba’, feita no momento por vários jovens que acabou gerar um ‘grupo’ de dança lusófono em plena praça de uma cidade inglesa.
Coube ao cantor Alexis, a última atuação do Festival Português. E foi ao ritmo de um verdadeiro baile português que se encerrou um evento em tudo bem sucedido. No largo em frente ao palco, dançaram portugueses, mas também público de outras nacionalidades. Sem saberem o que se cantava, foram contagiados pela música, mas também pela alegria dos portugueses ali presentes. E no fim, com um orgulho evidente, muita emoção, e a plenos pulmões, cantou-se ‘A Portuguesa’.
Não podia terminar melhor a primeira edição do Festival Português de Peterborough. Em 2015 ele estará de volta…

Monday, 28 July 2014

Backar: «Árbitro chamou-me preto

O Beira-Mar vai apresentar uma exposição à Liga em que acusa o árbitro Ioan Vasilica de atitude racista e xenófoba, após os acontecimentos registados no jogo de sábado, com o Feirense, a contar para a Taça da Liga. O guineense Backar Baldé explicou a Record ter ficado desagradado com a forma utilizada pelo juiz de Vila Real para se referir a ele. “Chamou-me preto”, queixou-se o médio dos aveirenses.

O caso aconteceu depois de Ioan Vasilica ter assinado uma grande penalidade a favor do Feirense mesmo ao cair do pano. Segundo o futebolista africano, Ioan Vasilica estava a explicar a decisão a Ricardo Dias, capitão do Beira-Mar, quando falou de si em termos pouco elogiosos. “Foi aquele preto com o n.º 6 que fez a falta”, terá dito o juiz, apontando para Backar.

Indignado, o médio dirigiu-se imediatamente para o banco, a narrar o episódio. “Numa altura em que tanto se ouve falar do combate ao racismo, considero lamentável que um árbitro com responsabilidades utilize este tipo de palavras”, explicou Backar. “Fiquei revoltado, tal como os meus colegas e até os adversários testemunharam”, prosseguiu o jogador, que hoje parte para Bissau, juntamente com Eridson, para representar a sua seleção no duelo frente ao Botswana, do apuramento para a CAN de 2015.

Silêncio

Além de Jorge Neves, treinador da equipa aveirense, também o diretor-desportivo Carlos André fez questão de se mostrar solidário com Backar. “É inadmissível que ainda existam comportamentos deste género em pleno século XXI”, vincou o dirigente, confirmando que o clube está a preparar a queixa à Liga de Clubes, que por sua vez deve proceder à instauração de um inquérito com o objetivo de apurar responsabilidades.

Contactado pelo nosso jornal, o árbitro optou por refugiar-se no silêncio. “Peço desculpa, mas não posso falar”, afirmou Ioan Vasilica, árbitro da 2.ª categoria que faz parte de uma lista de 12 jovens juízes que estão na calha para a promoção à 1.ª categoria na próxima época. Filho de um antigo árbitro internacional de râguebi, Ioan Vasilica nasceu em Portugal há 29 anos, apesar de ser descendente de ucranianos. Atualmente, este professor de Educação Física está a tirar o doutoramento em Ciências do Desporto na UTAD.

SUB-19 Portugal na final do Europeu

A seleção portuguesa de sub-19 qualificou-se esta segunda-feira para a final do Campeonato da Europa de sub-19.


Portugal derrotou a Sérvia na marcação das grandes penalidades, por 4-3. No final do tempo regulamentar e do prolongamento, as duas seleções estavam empatadas a zero.

Na lotaria dos penáltis, Tiago Sá foi o herói "improvável" ao defender o quinto e decisivo pontapé. O guarda-redes do Sp.Braga tinha entrado no início do prolongamento para substituir o lesionado André Moreira e carimbou a passagem de Portugal à final do Europeu de Sub-19, 11 anos depois da última presença.

A final está marcada para a próxima quinta-feira, às 19 horas, no Estádio Ferenc Szusza Stadion, em Budapeste. O adversário de Portugal é a Alemanha, que, na outra meia-final, goleou a Áustria por 4-0.

Sunday, 27 July 2014

V. Guimarães vence na apresentação do Moreirense

O V. Guimarães estragou a festa do Moreirense, ao vencer por 1-0 na apresentação dos cónegos aos seus sócios e adeptos, em partida disputada esta tarde, no Estádio Comendador Joaquim de Almeida Freitas.

André André, de grande penalidade, à passagem do minuto 31, marcou o único golo da equipa vimaranense, que a partir dos 71' jogou com dez elementos, em face da expulsão, por vermelho direto, de Josué.

Ficha de jogo:

Moreirense: Marafona (Ricardo Ribeiro, 67); Paulinho (Coronas, 75) Marcelo Oliveira (Anilton, 67), Danielson (Stéphane Madeira, 67) e André Marques (Elízio, 67); Filipe Melo, André Simões (Hélio, 87) e Diogo Cunha (Luís Aurélio, int); João Pedro (Rafa, 81), Alex (Patrick, 85) e Arsénio (Jorge Monteiro, 46)

Treinador: Miguel Leal

V. Guimarães: Douglas (Assis, 67); Plange (Benjamin, 87), Moreno (Josué, 62), Defendi (João Afonso, 46) e Traoré (Luís Rocha, 62); Alex (Gui, 62), André Santos (Cafú, int), André e Bernard (Bruno Alves, 75); Tomané (Ricardo, 62) e Caiado (Hernâni, 81)

Treinador: Rui Vitória

Três palestinianos mortos após retomada da ofensiva

Pelo menos três palestinianos morreram, este domingo, depois de Israel ter retomado a ofensiva militar na Faixa de Gaza.

Segundo o porta-voz dos serviços de emergência em Gaza, Ashraf al-Qudra, dois homens morreram num bombardeamento perto da fronteira no centro de Gaza. Um outro homem morreu em Khan Yunis, no sul.

Israel anunciou, este domingo, a retomada da ofensiva militar em Gaza, depois de o Hamas ter violado a trégua humanitária de 24 horas decretada unilateralmente por Israel.

O exército israelita anunciou que vai retomar os ataques a Gaza, por terra, mar e ar, depois de o movimento islamita Hamas ter continuado a disparar sobre Israel, pondo unilateralmente fim à trégua humanitária de 12 horas.

«Devido à flagrante violação da trégua humanitária pelo Hamas, o IDF está agora a retomar as atividades ofensivas», escreveu o porta-voz militar Peter Lerner no Twitter.
«Na sequência dos incessantes disparos de foguetes do Hamas durante a janela humanitária, que foi acordada para o bem da população civil em Gaza, a [força de defesa de Israel] IDF irá retomar a sua atividade aérea, naval e terrestre na Faixa de Gaza», anunciou o exército em comunicado.
Diário Digital com Lusa

Dois jovens atiram-se ao Tejo para não pagar consumo em discoteca

A Polícia Marítima de Lisboa retirou, esta madrugada, do rio Tejo dois jovens estrangeiros, que se lançaram ao rio para não pagarem o consumo de uma discoteca.

Segundo a Polícia Marítima, o alerta foi dado às 4.30 horas, quando dois jovens, com idades entre os 25 e os 30 anos, de nacionalidades italiana e sueca, se lançaram ao rio, na zona de Alcântara.

Ambos queriam fugir ao pagamento num bar/discoteca na zona de Santos-o-Velho.

Os dois jovens foram encontrados às 5.15 horas, por uma lancha da Polícia Marítima. O nevoeiro acabou por dificultar as buscas.

Ambos foram assistidos pelo INEM e, posteriormente, identificados pela PSP.
Foto de arquivo (foto LUSA)

BOAVISTA:Panteras vencem Torneio Capital do Móvel

O Boavista conquistou este domingo o Torneio Capital do Móvel, ao vencer na final o Paços de Ferreira por uma bola a zero.

O avançado chinês Wei, aos 4 minutos, foi o autor do único golo do encontro, que se disputou em Freamunde.
Fary ainda vai completar esta época com 40 anos (festeja em dezembro) e é uma espécie de “troféu” que os axadrezados ostentam neste saudado regresso à 1.ª Liga. Sempre que entra, o avançado senegalês é ovacionado e ontem não se esqueceu de dar o “Grito do Ipiranga”, reforçando a história que se faz esta época: “Sempre acreditei que iria voltar à 1.ª Liga com o Boavista. Felizmente a justiça deu-nos razão para felicidade de todos os boavisteiros que merecem isto.”

Fary registou ainda que “mais importante do que a conquista deste torneio é a forma como os jogadores estão a assimilar as ideias do treinador”, salientando o que lhe parece fundamental nesta fase: “Temos uma equipa praticamente nova e é importante preparar tudo da melhor forma para entrarmos bem no campeonato. Sabemos que não vai ser fácil porque é um percurso muito longo.”

Petit, entretanto, salientou a importância de “vencer para ganhar mais confiança”. O treinador relativizou a conquista do Capital do Móvel: “Apresentámos duas equipas diferentes e a grande maioria dos jogadores ainda estão a assimilar os processos de jogo. O objetivo é estarmos na melhor forma para o início do campeonato.

Thursday, 24 July 2014

Habitação Bancos pagam para se livrarem de casas

Bancos pagam para se livrarem de casasOs bancos têm adotado várias estratégias ao longo dos últimos anos para vender mais rapidamente as casas na sua posse e agora avançam com mais uma ‘regalia’: cheques para os compradores usarem nas suas despesas, noticia o Jornal de Negócios
Esta medida vem juntar-se a tantas outras, como os spreads cada vez mais reduzidos ou isenções das comissões associadas aos créditos da habitação.
Com estes cheques ou vales passados aos comprados, os bancos pretendem ajudar nas obras de remodelação, na decoração ou até a pagar as despesas básicas mensais.
É o caso do Banif, o banco mais agressivo na tentativa de acelerar a limpeza de casas no balanço, que promete cheques que podem chegar aos 4500 euros. O montante varia conforme o número de assoalhadas da casa.

Belenenses Triatleta português atropelado intencionalmente

Triatleta português atropelado intencionalmenteO triatleta Rúben Perdigoto, de 24 anos, foi vítima de atropelamento e fuga, em Cascais e a Seção de Acidentes da Divisão Policial de Cascais continua sem pistas do autor, conta o Jornal de Notícias.
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Ao que tudo indica, trata-se de um homem na casa dos 50 anos, com um jipe Nissan, cor bordeaux, acompanhado por mais uma mulher.
Rúben Perdigoto estava a treinar quando, intencionalmente foi albaroado pelo condutor do Nissan, que fugiu a alta velocidade, em direção à Marginal, Monte Estoril.
As testemunhas só conseguiram anotar parte da matrícula, que começa por 53.
O triatleta sofreu vários ferimentos nos braços e nas pernas e encontra-se incapacitado em casa, sendo previsível que recupere dentro de quatro a cinco semanas.

Wednesday, 23 July 2014

Paraguai: Autocarro de equipa futebol interceptado com 400 kg de marijuana

Paraguai: Autocarro de equipa futebol interceptado com 400 kg de marijuana

Um grupo de adolescentes paraguaios, que estava a viajar para o Chile, para disputar um torneio de futebol, foi detido na fronteira, depois de os agentes alfandegários encontrarem 400 quilos de marijuana no autocarro.

Os 36 adolescentes foram detidos na fronteira durante quatro dias, depois de um cão treinado para a deteção de estupefacientes ter encontrado o produto, relatou a imprensa paraguaia.
Depois de se terem reunido com os jovens, os pais, aliviados, disseram que os seus filhos tinham sido enganados por um homem que dizia querer juntar uma equipa de futebol para participar num torneio da capital chilena.
Este indivíduo recrutou os jovens, com idades de 14 e 15 anos, na cidade de Caacupe, a cerca de meia hora a leste da capital paraguaia.
As autoridades chilenas retiveram o condutor do veículo e dois assistentes para interrogatório.
A polícia paraguaia deteve o organizador da viagem, Juan Antonio Vela Salazar, com 58 anos, natural do Equador.
O Paraguai é um dos principais produtores de cannabis da América do Sul.
Diário Digital com Lusa

CPLP: Guiné Equatorial anuncia adesão em várias línguas, menos em português

CPLP: Guiné Equatorial anuncia adesão em várias línguas, menos em português

O Governo da Guiné Equatorial anunciou a sua adesão à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) no seu sítio oficial na Internet, tendo versões em espanhol, inglês e francês, mas não em língua portuguesa.

«Por consenso dos Estados-membros da CPLP, aprovou outorgar à República da Guiné Equatorial o estatuto de país membro de pleno direito no seio da comunidade, integrada até a data por um total de oito nações, cinco delas no continente africano. O nosso país passará a ser o sexto de África e o nono em ordem cronológica de adesão a esta comunidade, criada no ano de 1996», diz o texto publicado na terça-feira, com versões em espanhol, inglês e francês.
O texto lembra que a Guiné Equatorial é o único país a integrar a CPLP que tem como língua materna o espanhol.
Diário Digital / Lusa

EUA divulgam provas de apoio e material russo para rebeldes

EUA divulgam provas de apoio e material russo para rebeldesO Governo dos Estados Unidos divulgou terça-feira imagens de satélite e outras provas que demonstram que a Rússia treinou e equipou rebeldes ucranianos que alegadamente derrubaram o avião da Malaysia Airlines com 298 pessoas a bordo.
As autoridades norte-americanas sustentam também que a Rússia continua a enviar tanques, lança foguetes e outras armas para a Ucrânia depois do acidente com o avião malaio, sustenta a imprensa dos Estados Unidos.
Jornais como o The Washington Post ou a cadeia de televisão CNN difundiram algumas imagens divulgadas terça-feira por funcionários dos serviços secretos e não identificados.
Os funcionários citaram dados de, segundo o The Washington Post, sensores que seguiram a trajetória do míssil que, alegadamente, abateu o avião da Malaysia Airlines, marcas de metralhadora na aeronave, análise de conversas com os rebeldes em que assume a autoria do abate e fotos publicas em redes sociais.
As fontes disseram ainda que os Estados Unidos detetaram o lançamento de míssil terra-ar no momento do acidente com o avião malaio e na zona leste da Ucrânia controlada pelos rebeldes pró-russos.
Os norte-americanos descartam também que as forças ucranianas sejam as responsáveis pelo abate do avião.

Tuesday, 22 July 2014

Sub-19 brilham na Hungria. Goleada vale "meias" e Mundial

Os Sub-19 portugueses golearam (6-1), esta terça-feira, a selecção anfitriã da Hungria, no Europeu da categoria.

A vitória valeu a qualificação, desde já, para as meias-finais deste Campeonato da Europa, bem como para o Mundial de Sub-20 de 2015.

André Silva, jogador do FC Porto, esteve em destaque ao apontar quatro golos (aos 45, 66, 89 e 90+2 minutos). Ivo Rodrigues, de grande penalidade, inaugurou o marcador, enquanto Gelson Martins também assinou um tento. De belo efeito, refira-se, ao passar por vários adversários antes de atirar para a baliza.

Depois do triunfo sobre Israel na estreia (3-0) e desta goleada perante a Hungria (6-1), Portugal vai agora defrontar a Áustria na próxima sexta-feira. Um embate com o objectivo de decidir o primeiro lugar do grupo

Iraque. "Ali é o nosso berço enquanto cristãos e tudo está a desaparecer"

Os cristãos tinham até sábado para se converter ao Islão ou abandonarem Mossul, a segunda maior cidade do Iraque. Os que ainda estavam na cidade fugiram para Qaraqosh, mas até aí a perseguição dos radicais islâmicos continuou, atingindo, no domingo, um mosteiro do século  IV que pertence à  igreja católica siríaca, revelou esta terça-feira a Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS).
Catarina Martins, da AIS em Portugal, explica que "as milícias do Estado Islâmico do Levante e do Iraque invadiram este mosteiro e obrigaram os monges a partir".
Como estão, aliás, a fazer com todos os cristãos: "as famílias cristãs têm sido obrigadas a deixar tudo para trás e a fugir porque estas milícias obrigam-nas a converterem-se ao Islão ou a pagarem um imposto, que ninguém sabe muito bem de quanto será".
Em Mossul, a data limite terminou no fim-de-semana. "Os cristãos fugiram todos", deixando tudo para trás, diz Catarina Martins.
As milícias marcaram as casas dos cristãos com sinais para controlar os seus movimentos.
UE sem tomada de posição
A situação dramática levou esta terça-feira o Patriarca Católico Caldeu de Bagdad, D. Louis Sako, a apelar à comunidade internacional para que olhe para a situação dos cristãos iraquianos.
O apelo feito esta terça-feira pelo Patriarca de Bagdad é dirigido também aos muçulmanos moderados do Iraque, que acreditam na convivência entre religiões.

"O livro sagrado, o Corão, ordena os crentes a respeitarem os inocentes e nunca lhes pediu para tomarem os haveres, os bens, as propriedades de outros pela força. O Corão ordena refúgio para a viúva, para o órfão, para o pobre e para os que não têm arma, e respeito 'para o sétimo vizinho'", escreve D. Louis Sako (em PDF).

Catarina Martins lamenta o desinteresse generalizado em relação ao Iraque, a começar pela União Europeia: "Há duas semanas um grupo de três bispos, incluindo D. Sako, o Patriarca caldeu, esteve em Bruxelas, falou-se que ia haver uma comunicação de Bruxelas na semana passada e até hoje ainda não houve nada, não há uma tomada de posição. O que os bispos iraquianos nos estão a pedir é que dêmos a conhecer o que se está a passar para que a comunidade internacional possa fazer alguma coisa por este povo".
A AIS falou no fim-de-semana com o bispo auxiliar de Bagdad, que se manifestou "horrorizado" com a situação.
D. Shlemon Warduni nunca imaginou que isto pudesse acontecer numa cidade como Mossul, conta Catarina Martins. "O Iraque era uma região onde as religiões foram convivendo ao longo dos séculos".

PJ participa na maior apreensão de tabaco do ano na Europa

A Polícia Judiciária (PJ) participou numa operação internacional que resultou na apreensão de 32 milhões de cigarros e quatro toneladas de tabaco para cachimbo de água, avaliados em 14 milhões de euros.

Trata-se da acção de “um grupo organizado internacional que tentava contrabandear tabaco num navio mercante”, esclarece a PJ, em comunicado divulgado esta terça-feira.

As autoridades portuguesas fizeram parte desta operação “desencadeada ao fim de vários meses de investigação” e que envolveu, entre outros países, a Eslovénia, local de embarque da mercadoria, Portugal, país de escala, e a República da Irlanda, país de destino e desembarque.
Ainda de acordo com o comunicado da PJ, esta é a “maior apreensão de tabaco de contrabando do corrente ano, na Europa”.
No decorrer da operação, foram detidos alguns dos tripulantes da embarcação e apreendido também o navio “MV Shingle”, de pavilhão moldavo.
O grupo organizado internacional é constituído por cidadãos da República da Irlanda e do Reino Unido. Já os 12 tripulantes do navio são de nacionalidade ucraniana.

Guiné Equatorial na CPLP. Entre os direitos humanos e o factor petróleo

Enquanto o Presidente da República se remete, para já, ao silêncio, são várias as personalidades que se têm oposto a que o regime de Teodoro Obiang faça parte da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Mas também há quem a defenda.
Ferro Rodrigues, vice-presidente da Assembleia da República, foi um dos signatários de uma carta endereçada aos chefes de Estado e Governo dos países da CPLP a contestar a adesão da Guiné Equatorial, que deverá ser aprovada na quinta-feira, na cimeira da organização, em Díli, Timor-Leste.
À Renascença, Ferro Rodrigues afirma que não há razões para que esta integração aconteça. A começar por "uma questão básica" que boa parte do país não cumpre: falar português.
A Assembleia Nacional da Guiné Equatorial aprovou o português como língua oficial do país, a par do espanhol e do francês (oficializado em 1997), em 2011, mas a língua portuguesa ainda não é ensinada nas escolas. O governo de Obiang promete que português será ensinado em breve nas escolas primárias.
"Em segundo lugar", diz o histórico socialista", "há sérios problemas de direitos humanos e de transparência nesse país e que deviam ter sido tomados em conta".
Classificado como "ditadura" por vários relatórios internacionais, o país é governado há mais de três décadas por Teodoro Obiang. Várias organizações de direitos humanos lembram que o país pratica a pena de morte, mas também há relatos de prática de tortura e de outros condicionamentos de liberdades civis e políticas.
Em Fevereiro, o Presidente da Guiné Equatorial assinou uma resolução que suspende a pena de morte, uma das condições impostas pela CPLP para a adesão, mas a legislação em vigor mantém a pena capital.
Para que serve a CPLP?
Para Ferro Rodrigues, há razões económicas ou geoestratégicas que podem explicar a provável adesão.

"Esta entrada vai mudar a natureza da CPLP. A comunidade tinha uma ideia de valores e de língua portuguesa e agora vai passar a ter como maiores determinantes os interesses financeiros, petrolíferos e económicos", observa.
Interesses que Ferro considera "importantes, mas que não podem pôr em causa os valores de um país ou de uma organização de países".
O factor petróleo
Já para o antigo ministro dos Negócios Estrangeiros, António Martins da Cruz, que defende a entrada da Guiné Equatorial na CPLP, as questões económicas não são um pormenor e devem ser consideradas como uma vantagem.
"Os países da CPLP, incluindo a Guiné Equatorial, produzem neste momento 7% do petróleo e do gás que se produz no mundo. Daqui a 20 anos, provavelmente a produção de petróleo e gás da CPLP, incluindo a Guiné Equatorial, atingirá os 20% da produção mundial, tanto quanto produz agora o Médio Oriente", diz à Renascença.
Em resposta aos que acham que há um problema de direitos humanos, Martins da Cruz argumenta:  "Entre a Guiné Equatorial e o que se sucedeu nos últimos anos na Guiné Bissau, que se transformou num ‘narco-Estado’, e onde o Presidente da República foi assassinado à catanada na casa dele, em frente da família, não vejo qual é a diferença. E não vejo essas pessoas a preocupadas com a Guiné-Bissau".
"Se a França não levanta nenhuma objecção à presença da Guiné Equatorial na comunidade de países de língua francesa, por que é que Portugal há-de levantar este problema?", questiona.
Martins da Cruz salienta ainda que a eventual entrada da Guiné Equatorial na CPLP pode abrir portas às relações com outros países geoestratégicos, tais como a Namíbia, a Índia ou o Japão, que já mostraram interesse em fazer parte da comunidade.

Wednesday, 16 July 2014

Memórias do "holocausto brasileiro"

Memórias do "holocausto brasileiro"

Sessenta mil pessoas perderam a vida no hospício brasileiro de Barbacena, em pleno século XX, à fome, com frio e vítimas de tratamentos extremos.
Renascença falou com Daniela Arbex, jornalista e autora do livro “Holocausto Brasileiro,  que dá pela primeira vez voz aos sobreviventes desta casa de horrores, onde os pacientes bebiam água do esgoto e eram exterminados com electrochoques tão fortes que deixavam toda a cidade sem luz.
A vida não tem preço, esta história é claramente uma tragédia. Ainda assim, pode ser questionável chamar-lhe “Holocausto Brasileiro”? Achei que era o melhor nome para esta tragédia porque, da mesma forma que judeus foram mandados para os campos de concentração nazi em vagões de carga, os pacientes do Colónia também foram enviado para o hospital em vagões de carga, num caminho sem volta, para o inferno. e quando eles chegaram ao hospital também passaram por um banhos de desinfecção, as cabeças rapadas e a identidade confiscada. nós não tivemos, claro, um saldo de seis milhões de mortos, mas o que aconteceu no Brasil foi realmente um Holocausto.
Esta era uma história esquecida ou desconhecida da opinião pública brasileira?Não, era uma história esquecida, ela tinha sido contada em 1961, pelo fotógrafo da revista "O Cruzeiro", na altura uma das maiores revistas do Brasil. Depois ela foi recuperada com impacto em 1979, numa série de reportagens intituladas "Nos porões da loucura", escritas pelo jornalista Hirim Firmino, e através de um documentário muito forte, até hoje impressionante, intitulado "Em nome da Razão". Mas esta é a primeira vez que os sobreviventes foram procurados, esse é o grande mérito deste livro. Eles nunca tinham sido procurados, é a primeira vez que eles ganharam voz e quando puderam falar chocaram o Brasil.
Como reagiram os brasileiros a este livro?O impacto foi impressionante, o Brasil realmente chorou. É impressionante, é uma história esquecida, mas também desconhecida. A maioria dos brasileiros não sabia o que se passou no hospital, há pessoas de diferentes gerações chocadas com o que se passou ali dentro. Os próprios moradores de Barbacena, onde está o hospício, dizem que não tinham noção da dimensão desta tragédia. Então, esta é uma história esquecida e desconhecida, acho que mais desconhecida que esquecida.
Mas não havia trabalhadores de Barbacena no hospício? Como podem dizer que não sabiam o que se passava dentro daqueles muros?A maioria da população disse desconhecer o que se passava lá dentro. Quem trabalhou e ainda trabalha no hospital também não tinha dimensão desta tragédia. Só depois de serem entrevistadas e de reflectirem sobre o que passaram, viveram e fizeram é que tomaram consciência da extensão desta tragédia. Muitas nunca tinham contado nada a ninguém, nunca falaram publicamente, acho até que se negavam a pensar no assunto. Foram várias entrevistas, com as mesmas pessoas, até conseguirmos que se sentissem à vontade para contar as suas histórias.
Foi difícil chegar a estes testemunhos?Foi, muito difícil. A resistência inicial era muito grande, não das vítimas, as vítimas foi difícil encontrá-las, localizar os sobreviventes. No caso das testemunhas, os funcionários, os ex-funcionários, a resistência era enorme, porque sentiam-se "acusadas" desse crime. Tentei sempre despir-me de preconceitos para ouvir sem acusações e no final as entrevistas eram quase uma confissão. Tanto que uma funcionária, já no final da entrevista e depois de muita resistência, disse-me que "podia ter evitado muitas mortes". Perguntei quantas. Respondeu-me "dezenas, talvez".
Quanto tempo durou a investigação?Essa história está na minha vida desde 2009, quando tive acesso ao primeiro conjunto de fotos, feitas no interior da unidade, pelo fotógrafo Luís Alfredo, em 1961. A partir desse momento a minha vida mudou, porque não parei de insistir junto do jornal para que me autorizasse a contar esta história. Investiguei durante um ano para escrever o livro, viajei todos os fis de semana para recolher estes testemunhos. 
Falou em fotografias internas, da instituição, mas há aqui também material de reportagens fotográficas.Sim, muitas, e documentos. Reuni muita informação, para além do que está publicado, mas dei prioridade ao que podia documentar. Isto é apenas uma parte do material recolhido. Estamos até a pensar publicar num site, daqui a um tempo, para disponibilizar à população e para quem quiser conhecer melhor esta história. 
Há aqui imagens muito fortes, como foi o processo de selecção?Foi muito difícil. O Luís Alfredo tem três centenas de fotografias tiradas no interior do hospício, todas muito fortes. Todas contam uma história dolorosa. Publicámos no livro 40, apenas uma pequena parte. Recentemente tive acesso a um novo conjunto de imagens, de 1979, que provam que nos 18 anos em que o hospital foi controlado pela ditadura a situação agravou-se imenso. Estamos a tentar garantir os direitos deste material para prolongar o livro.
Quem ia para este hospício? Segundo o livro apenas 30% eram doentes mentais. Quem eram os restantes?Todo o tipo de indesejados sociais, aqueles que eram considerados a escória da sociedade. Os negros, os pobres, as meninas que tinham perdido a virgindade antes do casamento, homossexuais, militantes políticos e os insanos ou doentes mentais. Quem não era considerado digno de estar no meio social era confinado a este hospício.
Vinham de todo o país ou só daquela região, Minas Gerais?Dos quatro cantos do Brasil. Pelo número de brasileiros que entraram em contacto comigo depois da publicação do livro, para dizerem que têm um parente que esteve lá internado, parece que toda a gente teve alguém conhecido em Colónia.
Em que condições viviam?Eram muito precárias. Barbacena é ainda hoje uma cidade muito fria, ao contrário do que é normal no Brasil. Estas pessoas viviam em condições de insalubridade, nuas, não porque queriam mas porque não havia roupa para todos, subnutridas, recebiam electrochoques, as que ousavam questionar a autoridade eram fechadas em celas durante bastante tempo e só viam a luz do sol 20 minutos por dia. Foram estas condições que acabaram por gerar estas mortes em massa. 
Quais foram os episódios mais difíceis de escrever/descrever?Todas são muito difíceis. A minha preocupação, porque elas já gritam por elas, foi não colocar mais tinta. Tive o cuidado, mesmo expondo estas pessoas, de tentar mostrar todos os lados, inclusive dos algozes (carrascos), tentar mostrar como as pessoas pensavam naquela época, não que isso justifique, mas como elas viam o que estava a acontecer se percebiam.
Como é possível ninguém ter sido chamado à justiça? Foram feitas reportagens durante os 80 anos que o hospício esteve aberto. Isso está a acontecer agora, com o livro. Parece que já temos centenas de acções movidas contra o Estado, a partir das denúncias escritas no livro ou dos dados recolhidos na investigação. É impressionante que estas denúncias tenham sido levantadas em várias alturas e nada tenha acontecido. Agora, acho que a responsabilização individual será muito difícil, porque são oito décadas de omissão.
E acredita que desta vez o caso chega mesmo aos tribunais?Não sei se vamos conseguir. Mas a missão do livro era dar a conhecer este holocausto brasileiro, à minha geração e à do meu filho, daqui a 20 anos. Acho que essa missão o livro cumpriu.
O que existe agora no sítio do hospício?O hospital ainda existe. Funciona desde os anos 80 com novas características. Hoje é um hospital regional, com várias especialidades além da psiquiatria, e que serve uma população de mais de 700 mil pessoas. Mas todo o passado não pode ser apagado, até os prédios são os mesmos, nós conseguimos identificar os sítios onde foram tiradas as fotografias do livro.
Este é um caso único no país, havia outros hospícios do género na altura?Ao longo da última década têm sido fechados hospitais psiquiátricos, também por violação dos direitos humanos. No jornal onde trabalho, através de denúncias, já conseguimos fechar quatro hospitais psiquiátricos que funcionavam em condições degradantes, não ao nível do hospital de Colónia, mas também nada melhor. Acho que não tivemos uma tragédia desta dimensão, mais ainda temos hospitais a funcionar de forma precária no Brasil, que estão a ser fechados.

25% da riqueza nacional está nas mãos dos 1% mais ricos

Um quarto da riqueza de Portugal está nas mãos de 1% da população, segundo um estudo do economista do Banco Central Europeu (BCE) Philip Vermeulen.

O especialista belga parte da possível subavaliação de inquéritos, para concluir que a concentração de fortunas nos mais ricos é superior ao que se pensava. No caso de Portugal, aponta-se para uma concentração de cerca de 25% da riqueza nacional. 

documento, que pode ser consultado no "site" do Banco Central Europeu, parte do princípio de que, quando convidados a participar em inquéritos sobre fortunas e activos acumulados, os agregados que integram os escalões de rendimento mais alto têm maior tendência a omitir os valores reais da sua fortuna. Na prática, isto significa que a concentração de fortuna nos 1% e nos 5% da população mais ricos é superior ao que se pensava. 

Embora não haja estatísticas oficiais do Instituto Nacional de Estatística sobre esta questão, o inquérito do BCE apontava para uma concentração de riqueza na ordem dos 21%. A análise do economista belga conclui que esse valor estará nos 25%. 

Entre os nove países da Zona Euro analisados, Portugal surge como o terceiro país com uma maior concentração da riqueza, apenas atrás da Áustria e da Alemanha

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