Entre 2010 e 2014, o número de imigrantes em Portugal baixou de 454 mil para 401 mil, segundo dados da OCDE. Mas estão a aumentar os pedidos de vistos de longa duração e de estudantes estrangeiros.
Pavlo Sadokha chegou a Portugal em 2001, quando a Ucrânia se debatia com uma crise social e económica. Tinha um amigo que trabalhava cá e que o ajudou a estabelecer-se. A língua foi a maior barreira que encontrou. Instalou--se com total discrição, "porque naquela altura os ucranianos eram perseguidos por uma máfia que lhes ficava com parte do ordenado". Veio com o objetivo de reunir dinheiro para pagar os tratamentos de saúde do sobrinho. "Nunca pensei ficar cá, mas já não me passa pela cabeça ir embora", diz, explicando que se apaixonou por uma portuguesa e pelo país.
Pavlo, 44 anos, conseguiu em 2007 que o seu diploma fosse reconhecido, o que lhe permite trabalhar agora como economista numa empresa. É um dos 401 mil imigrantes a viver em Portugal atualmente. Em 2009, quando começou a crise, eram mais de 454 mil. Costuma dizer aos amigos ucranianos que "apesar das dificuldades económicas que se vivem no país, não mudava para outro sítio". Mas esse tem sido um fator que tem afastado os estrangeiros de Portugal - são menos 53 mil em cinco anos
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