A cidade Paris recebe na terça-feira, 09 de dezembro, a "Cimeira do Porto", numa iniciativa do Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto (IVDP) que quer reforçar a presença destes vinhos no mercado francês.
A iniciativa vai acontecer no hotel Mandarin Oriental Paris, ao jantar, como o objetivo de "mostrar as harmonizações entre a gastronomia francesa e o vinho do Porto", disse à agência Lusa o presidente do instituto, Manuel de Novaes Cabral, precisando que se trata de "um encontro de produtos que têm a chancela da Unesco enquanto património mundial".
"A gastronomia francesa foi classificada pela Unesco como património mundial e imaterial. O vinho do Porto é também produzido numa região classificada pela Unesco, que é o [Alto] Douro Vinhateiro", acrescentou.
Ainda de acordo com Manuel de Novaes Cabral, a França é o primeiro mercado do vinho do Porto desde 1963, "mas não é aquele que tem melhores condições em termos de remuneração do produto".
"O que queremos é posicionar-nos no mercado superior, mostrar que o vinho do Porto não é aquela bebida barata que os franceses associam a esse produto", avançou, acrescentando que "o mercado francês ainda vê o vinho do Porto como 'vin apéritif', apesar de ter a capacidade para acompanhar vários pratos e sobremesas".
A aposta no reforço da presença em França visa seduzir o palato dos franceses mas, também, o dos turistas.
O presidente do IVDP vai apresentar no Liceu Guillaume Tirel, em Paris, também na terça-feira, o balanço de uma parceria com o Ministério da Educação francês, intitulada "Os vinhos portugueses: conhecimento dos produtos europeus e interculturalidade".
O programa contempla mais de 60 escolas francesas de hotelaria e inclui visitas de estudo ao Alto Douro Vinhateiro.
Este ano, o Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto prevê que as exportações para França terminem com um volume de negócios de 82,6 milhões de euros, mais 2,6% em relação ao ano passado.
Em novembro, a revista Wine Spectator escolheu um vinho do Porto - o Dow's Vintage Porto 2011 - como o melhor vinho do ano, e atribuiu o terceiro e quarto lugares a outros vinhos do Douro - Chryseia e Quinta do Vale Meão.
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