O Gabão, liderado pelo português Jorge Costa, qualificou-se para a fase final da Taça das Nações Africanas (CAN) 2015 após empatar a zero com Angola, em Luanda. Os Palancas Negras despedem-se da competição.
Ainda com um jogo para disputar na fase de apuramento, este “nulo” na capital angolana permite desde já o apuramento do Gabão e do Burkina Faso para a competição de 2015, a disputar na Guiné Equatorial.
Já a seleção de Angola, tal como a do Lesoto, falha pela segunda vez na sua história uma fase final da competição.
"Foi um jogo difícil, mas conseguimos o objetivo. Estou feliz", disse, no final da partida, disputada no Estádio 11 de Novembro, em Luanda, o antigo internacional português, que agora lidera o Gabão.
Jorge Costa admitiu que este segundo jogo com Angola na fase de qualificação confirmou as "dificuldades" já sentidas da partida no Gabão (vitória dos locais por 2-0).
A jogar pressionada, tendo em conta que mesmo com uma vitória ficaria dependente dos resultados da última jornada para uma qualificação, a seleção angolana dominou grande parte da partida com o Gabão, mas ressentiu-se das oportunidades desperdiçadas.
Os avançados que atuam em Portugal, Freddy (Belenenses), titular, e Dolly Menga (Benfica B), utilizado na segunda parte, estiveram em plano de destaque nas movimentações do ataque angolano.
"Tivemos uma bola no ferro e dois penaltis por assinalar. Não tivemos a tranquilidade no último momento. Se continuássemos a jogar 120 minutos de certeza que hoje não íamos marcar um golo. Há dias assim", lamentou o selecionador angolano, Romeu Filemon, no final da partida.
Numa seleção marcada pela estreia, em 2014, de vários jovens jogadores, Angola tentava "carimbar" pela oitava vez a presença numa fase final do torneio continental africano.
"Foi um fracasso, sim, porque não nos conseguimos apurar. Foi um ciclo negativo, mas acho que daqui a dois ou três anos teremos uma equipa fortíssima", disse ainda o selecionador angolano.
A seleção de Angola joga na quarta-feira, no Burkina Faso, a última partida do Grupo C.
Em cinco jogos disputados, os "Palancas Negras" somam apenas uma vitória e dois empates, com cinco pontos na tabela, que é liderada pelo Burkina Faso (10 pontos), seguido do Gabão (nove pontos).
No último lugar está a seleção do Lesoto, com apenas dois pontos, um dos quais conquistados num empate com Angola.
Moçambique desilude e falha apuramento direto para a CAN 2015
Moçambique perdeu com a Zâmbia (0-1), em Mapuro, na quinta jornada do Grupo F, e falhou o apuramento direto para a fase final da Taça Africana das Nações (CAN), a disputar na Guiné Equatorial em 2015.
Given Singuluma fez o único golo do jogo, aos 67 minutos, e qualificou a Zâmbia para a fase final da CAN 2015, juntando-se à seleção de Cabo Verde, que hoje recebe o Níger na liderança do grupo, com nove pontos.
As duas equipas partiam com os mesmos cinco pontos para o jogo de hoje, mas os "mambas" não corresponderam às expetativas dos adeptos, que quase encheram o estádio do Zimpeto e ainda viram o avançado moçambicano Dominguez falhar um penalti, aos 60 minutos, pouco antes do golo da Zâmbia.
Na última jornada, a realizar na quarta-feira, Moçambique desloca-se ao Níger (que tinha apenas dois pontos antes do jogo de hoje na Cidade da Praia) e a Zâmbia recebe Cabo Verde.
Ainda que termine o grupo em igualdade pontual com a Zâmbia, Moçambique já não pode aspirar ao apuramento automático, uma vez que no confronto direto os zambianos estão em vantagem, graças ao triunfo de hoje em Maputo, após um “nulo” em Lusaca na primeira jornada.
Os "mambas" têm no entanto uma derradeira possibilidade de marcar presença na Guiné Equatorial se conseguirem terminar o apuramento como o melhor terceiro classificado entre todos os grupos.
A imprensa moçambicana encarava este desafio como o "jogo do ano" contra uma equipa que nunca venceu e tem a CAN de 2012 no palmarés, enquanto a Zâmbia procurava homenagear o seu Presidente, Michael Sata, que morreu de doença em Londres a 28 de outubro.
A fase final da CAN 2015 disputa-se na Guiné Equatorial, após desistência de Marrocos, alegando o risco de propagação do vírus Ébola.
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