Pelo menos dez mulheres morreram na Índia e várias ficaram gravemente feridas, depois de uma campanha de esterilização em massa organizada pelo governo.
Dois dias depois de terem laqueado as trompas num campo de planeamento familiar, várias mulheres começaram a sentir dores e perdas de sangue. Mais de 50 foram para o hospital e cerca de 20 estão em estado grave, avança a estação televisiva BBC.
"Foi um caso sério de negligência. Um infortúnio", disse aos jornalistas o ministro da Saúde do estado de Chhatisgarh (centro da Índia), Raman Singh.
As 83 mulheres terão sido operadas pelo mesmo médico, em menos de seis horas, segundo os habitantes do distrito pobre de Bilaspur.
De acordo com oficiais indianos, as mulheres foram aliciadas com o pagamento de 1.400 rupias (18 euros) pela operação e também os profissionais de saúde recebiam 200 rupias (2,60 euros) por cada mulher que levassem até ao campo.
"O pagamento é uma forma de coerção, especialmente quando se lida com comunidades marginalizadas", disse Kerry McBrrom, da Human Rights Law Network, em Nova Deli.
A causa de morte ainda é desconhecida, mas os oficiais de saúde calculam que esteja relacionada com o uso de equipamento infectado e perda de sangue.
Prática comum
O incidente provocou o início de uma investigação e a suspensão de quatro oficiais. Entre eles, diz a BBC, está um médico indiano, premiado o ano passado pelo governo por ter feito 50 mil esterilizações.
Campanhas de esterilização em massa são uma prática comum na Índia. Servem para prevenir o aumento da população, um problema grave no país. O estado de Chhattisgarh, por exemplo, é dos maiores e mais populosos.
Em 2013 foram feitas mais de quatro milhões de laqueações de trompas, segundo dados do governo indiano. Entre 2009 e 2012 os tribunais pagaram 569 compensações por mortes relacionadas com estes procedimentos.

Dois dias depois de terem laqueado as trompas num campo de planeamento familiar, várias mulheres começaram a sentir dores e perdas de sangue. Mais de 50 foram para o hospital e cerca de 20 estão em estado grave, avança a estação televisiva BBC.
"Foi um caso sério de negligência. Um infortúnio", disse aos jornalistas o ministro da Saúde do estado de Chhatisgarh (centro da Índia), Raman Singh.
As 83 mulheres terão sido operadas pelo mesmo médico, em menos de seis horas, segundo os habitantes do distrito pobre de Bilaspur.
De acordo com oficiais indianos, as mulheres foram aliciadas com o pagamento de 1.400 rupias (18 euros) pela operação e também os profissionais de saúde recebiam 200 rupias (2,60 euros) por cada mulher que levassem até ao campo.
"O pagamento é uma forma de coerção, especialmente quando se lida com comunidades marginalizadas", disse Kerry McBrrom, da Human Rights Law Network, em Nova Deli.
A causa de morte ainda é desconhecida, mas os oficiais de saúde calculam que esteja relacionada com o uso de equipamento infectado e perda de sangue.
Prática comum
O incidente provocou o início de uma investigação e a suspensão de quatro oficiais. Entre eles, diz a BBC, está um médico indiano, premiado o ano passado pelo governo por ter feito 50 mil esterilizações.
Campanhas de esterilização em massa são uma prática comum na Índia. Servem para prevenir o aumento da população, um problema grave no país. O estado de Chhattisgarh, por exemplo, é dos maiores e mais populosos.
Em 2013 foram feitas mais de quatro milhões de laqueações de trompas, segundo dados do governo indiano. Entre 2009 e 2012 os tribunais pagaram 569 compensações por mortes relacionadas com estes procedimentos.
0 comments:
Post a Comment