Wednesday, 10 April 2013

Aguiar Branco corta 161 milhões na Defesa já em 2014

Aguiar Branco corta 161 milhões na Defesa já em 2014

Começou por anunciar um corte de 218 milhões de euros durante a atual legislatura, mas, com base nos números hoje apresentados por Aguiar Branco, a Defesa deverá receber já em 2014, pelas contas do Expresso, menos 161 milhões de euros.


As Forças Armadas deverão receber menos 161 milhões de euros já em 2014, estimou o Expresso a partir das linhas gerais da reforma da Defesa hoje apresentadas por Aguiar Branco e pelos quatro chefes militares.
Depois do alarde causado pelo ministro da Defesa ao anunciar, em fevereiro, um corte de 218 milhões até ao final da legislatura, em 2015, o governante recusou-se hoje avançar com números, pedindo aos jornalistas para fazerem eles próprios as contas.
Pelas contas do Expresso, se, tal como prevê o Governo, o Produto Interno Bruto (PIB) crescer no próximo ano 1,9% em termos nominais e os militares receberem, segundo o chefe de Estado-Maior, general Luís Araújo, 1,1% do PIB, deverão ser entregues ao Ministério da Defesa 1839 milhões de euros. Este ano, foram orçamentados mais de 2000 milhões, o que significa que serão menos 161 milhões de euros.
Nas linhas gerais da reforma das Forças Armadas, que amanhã, quinta-feira, serão debatidas em conselho de ministros, fica definido como "compromisso orçamental estável para a Defesa" até 2020, a consignação de 1,1% do PIB, incluindo a Lei de Programação Militar (que define as aquisições de meios e equipamentos para as FA).
Segundo o ministro esta percentagem poderá ser negociável apenas em 0,1%. Quer isto dizer que nos próximos sete orçamentos (2014-2020) os militares poderão arrecadar entre 1% e 1,2% da riqueza gerada anualmente pela economia portuguesa.
Quanto ao eventual impacto da decisão do Tribunal Constitucional nos cortes da Defesa, o ministro respondeu sempre da mesma forma, apesar da insistência dos jornalistas: "Esta reforma é estrutural e acontece à margem das questões de natureza financeira, seria levada a cabo ainda que não houvesse necessidade de fazer cortes." E mais não disse.


Fonte: http://expresso.sapo.pt

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