Andreas Mlzer, eurodeputado e cabeça de lista da extrema-direita austríaca para as próximas europeias de 25 de Maio, acusa os portugueses de trabalharem pouco, para acrescentar que “só têm um metro e sessenta”. Para Mlzer, apenas os alemães e os austríacos são trabalhadores dignos dessa designação. Já Bruxelas merece uma comparação com o Terceiro Reich. Sinais que levaram o eurodeputado a alertar para “o caos total” em que a Europa se está a transformar.
Andreas Mlzer, eurodeputado com assento no Parlamento Europeu desde 2004, defendeu num comício do FP (partido da extrema-direita austríaca), que “nós [alemães e austríacos] somos os únicos que cumprem horários. Somos os únicos que começam a trabalhar às nove em vez de às onze”.
Foi já no mês passado que Mlzer acusou os outros povos da Europa de troçarem do rigor que atribui aos alemães e aos austríacos, mas apenas esta semana as suas palavras apareceram reproduzidas no diário alemãoSüddeutsche Zeitung.
“Todos se riem dos alemães e dos austríacos. Dos portugueses aos do Leste, dos suecos aos sicilianos, [mas] não se pode levá-los a sério, porque eles têm todos só um metro e sessenta”, declarou o eurodeputado durante um comício do FP no mês passado, em Viena.
Comparado com a UE “o Terceiro Reich era tímido e liberal”
O discurso xenófobo de Andreas Mlzer passaria depois as fronteiras do nacionalismo desenfreado, para visar as próprias instituições europeias. Afirmou o parlamentar europeu que “Bruxelas é uma ditadura”, sendo que, em comparação com a União Europeia, “o Terceiro Reich era tímido e liberal”. Andreas Mlzer tem 61 anos e é eurodeputado desde 2004. Em sua defesa, disse que se limitou a criticar a “sanha regulatória” europeia com sátira e ironia.
Após a publicação destas declarações, foram várias as vozes críticas que se fizeram ouvir na Áustria.
Nomeadamente o porta-voz do partido socialista SP (no poder): “Tal atitude é inaceitável. Mlzer deve demitir-se”, propugnou Jörg Leichtfried, ouvido pelo jornal Kurier.
Oskar Deutsch, presidente de uma associação cultural da comunidade judaica de Viena, afirmou na televisão ORF que “gente desta não devia representar a Áustria” nas instâncias europeias. Na verdade, o partido de Mlzer é a terceira força política na Áustria, depois de obter 21% dos votos nas últimas legislativas de setembro passado. Para o Parlamento Europeu, estima-se que o partido venha a reforçar os 12,7% que no anterior escrutínio apenas garantiu dois europdeputados.
Foi já no mês passado que Mlzer acusou os outros povos da Europa de troçarem do rigor que atribui aos alemães e aos austríacos, mas apenas esta semana as suas palavras apareceram reproduzidas no diário alemãoSüddeutsche Zeitung.
“Todos se riem dos alemães e dos austríacos. Dos portugueses aos do Leste, dos suecos aos sicilianos, [mas] não se pode levá-los a sério, porque eles têm todos só um metro e sessenta”, declarou o eurodeputado durante um comício do FP no mês passado, em Viena.
Comparado com a UE “o Terceiro Reich era tímido e liberal”
O discurso xenófobo de Andreas Mlzer passaria depois as fronteiras do nacionalismo desenfreado, para visar as próprias instituições europeias. Afirmou o parlamentar europeu que “Bruxelas é uma ditadura”, sendo que, em comparação com a União Europeia, “o Terceiro Reich era tímido e liberal”. Andreas Mlzer tem 61 anos e é eurodeputado desde 2004. Em sua defesa, disse que se limitou a criticar a “sanha regulatória” europeia com sátira e ironia.
Após a publicação destas declarações, foram várias as vozes críticas que se fizeram ouvir na Áustria.
Nomeadamente o porta-voz do partido socialista SP (no poder): “Tal atitude é inaceitável. Mlzer deve demitir-se”, propugnou Jörg Leichtfried, ouvido pelo jornal Kurier.
Oskar Deutsch, presidente de uma associação cultural da comunidade judaica de Viena, afirmou na televisão ORF que “gente desta não devia representar a Áustria” nas instâncias europeias. Na verdade, o partido de Mlzer é a terceira força política na Áustria, depois de obter 21% dos votos nas últimas legislativas de setembro passado. Para o Parlamento Europeu, estima-se que o partido venha a reforçar os 12,7% que no anterior escrutínio apenas garantiu dois europdeputados.
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