Pedro Passos Coelho garante que ainda não está tomada a decisão quanto à modalidade de saída do programa de ajustamento, mas disse que as perspectivas são boas. O primeiro-ministro foi a Berlim para se encontrar com a chanceler alemã e falar do fim do programa de ajustamento, previsto para 17 de Maio.
O chefe do Governo falava, ao início da tarde, numa conferência de imprensa conjunta com a chanceler alemã, depois de um almoço de trabalho entre os dois líderes.
Na sua intervenção agradeceu o apoio que a Alemanha sempre deu a Portugal durante a execução do programa de ajustamento financeiro. “Afirmei à senhora Merkel que o Governo português ainda não sabe como vai sair do programa, mas é bom que nos perguntem como vamos sair e não se precisamos de ajuda para o fazer”, sublinhou.
O primeiro-ministro sustentou que Portugal também tem conseguido corrigir as contas públicas - sendo mesmo, "de todos os países que conheceram programas de assistência financeira", aquele que "conseguiu um resultado em termos de défice mais favorável". Quanto à saída do programa, disse que há "boas perspectivas", embora o Governo ainda não tenha decidido se optará por uma saída "limpa" - sem qualquer apoio, como fez a Irlanda, em Dezembro último - ou com uma linha de crédito cautelar.
Obrigado, senhora MerkelO primeiro-ministro agradeceu depois o empenho e ajuda que Portugal recebeu de Angela Merkel durante todo o processo, especialmente “numa altura em que se fala tanto de coesão e solidariedade na Europa”.
Merkel afirmou, por seu lado e em resposta a um jornalista português, que o país está no bom caminho. “Não tenho dúvidas sobre Portugal”, garantiu a chanceler, assegurando que a Alemanha apoiará Portugal qualquer que seja a forma que o Governo escolha para sair do programa da "troika".
"É uma decisão que cabe ao Governo português e será tomada mais perto da altura, até porque sabemos como as coisas estão constantemente a mudar. Compreendo muito bem que o primeiro-ministro diga que vai decidir quando for altura de decidir, e a Alemanha apoiará qualquer decisão que o Governo tomar. Nós sempre apoiámos Portugal e vamos continuar a fazê-lo. E vamos esperar pela altura em que a decisão vai ser tomada, mas penso que o contexto é muito positivo", declarou.
A conclusão do "resgate" português está prevista para 17 de Maio. Resta saber se Portugal vai solicitar uma linha de crédito cautelar ou se opta pela chamada "saída limpa" (sem qualquer apoio), como fez a Irlanda em Dezembro passado.
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