Wednesday, 23 October 2013

Astérix entre os Pictos’ chega às livrarias

obra era, já de si, um enorme desafio: pegar em Astérix e no inseparável Obélix, e revitalizar as duas personagens sem desvirtuar as principais caraterísticas idealizadas em 1959 por Albert Uderzo e René Goscinny. ‘Astérix entre os Pictos’, 35ª volume da saga do guerreiro gaulês, e o primeiro a ser escrito e desenhado pela nova dupla Jean-Yves Ferris (argumento) e Didier Conrad (desenho), parece, à partida, cumprir essas premissas.
O livro é lançado esta quinta-feira em Portugal e em outros 23 países, apoiado numa gigantesca campanha de promoção a nível mundial. O festival AmadoraBD, que abre as portas ao público esta sexta-feira, e se prolonga até 10 de novembro, será um dos espaços onde as mascotes dos dois heróis irão ter maior visibilidade junto de centenas de pessoas, neste périplo pelo nosso País.
Pergunta CM
Costuma ler banda desenhada?
A aventura leva Astérix e Obélix até às terras altas da Escócia na companhia de Mac Oloch, um guerreiro escocês que os dois amigos salvaram da morte depois de o encontrarem dentro de um bloco de gelo na praia da aldeia gaulesa. É também a primeira personagem inventada pelos novos autores, uma verdadeira homenagem ao índio Humpá-Pá, abandonado por Uderzo e Goscinny face ao êxito do herói gaulês.
Já em terras escocesas, os dois amigos não escondem a surpresa ao cruzarem-se com um povo em tudo diferente daqueles com quem já se cruzaram. Conhecidos pela coragem que mostram no campo de batalha, são as pinturas de guerra e as estranhas tradições dos múltiplos clãs que vão ser objecto de piadas e trocadilhos ao longo das 44 páginas do livro, uma imagem de marca do génio de René Goscinny.
A saga Astérix já vendeu mais de 350 milhões de livros em todo o mundo. Em Portugal, os números já ultrapassam 5,5 milhões de unidades, segundo dados avançados pelo site oficial da personagem
Passagem de testemunho
O novo ‘Astérix entre os Pictos’ está a criar alguma expectativa pelo facto de ser o primeiro livro que não é desenhado por Albert Uderzo, que se afastou voluntariamente devido à sua idade (86 anos) e ao seu estado de saúde. O autor nunca deixou, no entanto, de acompanhar a evolução da história ao longo dos oito meses que demorou a concretizar.
“Não me arrependo absolutamente de nada”, afirmou há nove dias em entrevista ao diário francês Le Figaro, a passagem do testemunho a Jean-Yves Ferri e Didier Conrad. “Entusiasmei-me com a ideia de Ferri de mandar Astérix e Obélix para a Escócia”, explica.
Já o convite a Didier Conrad teve outros percalços, quando os dois desenhadores que Uderzo tinha inicialmente escolhido deitaram a toalha ao chão. “Foi uma tarefa hercúlea para ele. Oito meses para desenhar um álbum de banda desenhada foi um desafio”.
A aumentar a dificuldade da empreitada, o facto de Conrad viver na costa oeste dos Estados Unidos. “Ele enviava-me sete páginas de cada vez e eu limitava-me a corrigir pequenas falhas”, prossegue. O Obélix da capa do livro “foi o único desenho que fiz”, conclui Uderzo.
Perfil de Jean-Yves Ferri
Em 1996 publica o primeiro livro ‘Les Fables Autonomes’, com dois volumes já publicados. Continua com as aventuras do polícia rural Aimé Lacapelle, de que serão publicados quatro álbums entre 2000 e 2007. Em 1995, conhece em Paris o desenhador Manu Larcenet. O encontro leva à criação da série ‘Le Retour à la Terre’, que conta já com sete volumes.
Perfil de Didier Conrad
Em 1973 dá os primeiros passos no mundo da banda desenhada com ‘Carte Blanche’ publicada no ‘Journal de Spirou’. Sob o pseudónimo de Pierce, desenha Kid Lucky, a série que narra a infância de Lucky Luke, de Morris e Goscinny. Em 2011, cria Marsu Kids, mais uma série derivada das aventuras do divertido Marsupilami, o mítico animal inventado por Franquin

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