O livro é lançado esta quinta-feira em Portugal e em outros 23 países, apoiado numa gigantesca campanha de promoção a nível mundial. O festival AmadoraBD, que abre as portas ao público esta sexta-feira, e se prolonga até 10 de novembro, será um dos espaços onde as mascotes dos dois heróis irão ter maior visibilidade junto de centenas de pessoas, neste périplo pelo nosso País.
A aventura leva Astérix e Obélix até às terras altas da Escócia na companhia de Mac Oloch, um guerreiro escocês que os dois amigos salvaram da morte depois de o encontrarem dentro de um bloco de gelo na praia da aldeia gaulesa. É também a primeira personagem inventada pelos novos autores, uma verdadeira homenagem ao índio Humpá-Pá, abandonado por Uderzo e Goscinny face ao êxito do herói gaulês.
Já em terras escocesas, os dois amigos não escondem a surpresa ao cruzarem-se com um povo em tudo diferente daqueles com quem já se cruzaram. Conhecidos pela coragem que mostram no campo de batalha, são as pinturas de guerra e as estranhas tradições dos múltiplos clãs que vão ser objecto de piadas e trocadilhos ao longo das 44 páginas do livro, uma imagem de marca do génio de René Goscinny.
A saga Astérix já vendeu mais de 350 milhões de livros em todo o mundo. Em Portugal, os números já ultrapassam 5,5 milhões de unidades, segundo dados avançados pelo site oficial da personagem
Passagem de testemunho
O novo ‘Astérix entre os Pictos’ está a criar alguma expectativa pelo facto de ser o primeiro livro que não é desenhado por Albert Uderzo, que se afastou voluntariamente devido à sua idade (86 anos) e ao seu estado de saúde. O autor nunca deixou, no entanto, de acompanhar a evolução da história ao longo dos oito meses que demorou a concretizar.
“Não me arrependo absolutamente de nada”, afirmou há nove dias em entrevista ao diário francês Le Figaro, a passagem do testemunho a Jean-Yves Ferri e Didier Conrad. “Entusiasmei-me com a ideia de Ferri de mandar Astérix e Obélix para a Escócia”, explica.
Já o convite a Didier Conrad teve outros percalços, quando os dois desenhadores que Uderzo tinha inicialmente escolhido deitaram a toalha ao chão. “Foi uma tarefa hercúlea para ele. Oito meses para desenhar um álbum de banda desenhada foi um desafio”.
A aumentar a dificuldade da empreitada, o facto de Conrad viver na costa oeste dos Estados Unidos. “Ele enviava-me sete páginas de cada vez e eu limitava-me a corrigir pequenas falhas”, prossegue. O Obélix da capa do livro “foi o único desenho que fiz”, conclui Uderzo.
Perfil de Jean-Yves Ferri
Em 1996 publica o primeiro livro ‘Les Fables Autonomes’, com dois volumes já publicados. Continua com as aventuras do polícia rural Aimé Lacapelle, de que serão publicados quatro álbums entre 2000 e 2007. Em 1995, conhece em Paris o desenhador Manu Larcenet. O encontro leva à criação da série ‘Le Retour à la Terre’, que conta já com sete volumes.
Perfil de Didier Conrad
Em 1973 dá os primeiros passos no mundo da banda desenhada com ‘Carte Blanche’ publicada no ‘Journal de Spirou’. Sob o pseudónimo de Pierce, desenha Kid Lucky, a série que narra a infância de Lucky Luke, de Morris e Goscinny. Em 2011, cria Marsu Kids, mais uma série derivada das aventuras do divertido Marsupilami, o mítico animal inventado por Franquin
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