A Polícia Judiciária anuncia o desmantelamento de uma fraude financeira de grandes dimensões, com origem em Itália, que já terá lesado cerca de 60 empresários portugueses em mais de dois milhões de euros. Uma mulher que angariava e convencia as vítimas foi detida na zona do Porto. O esquema tem, pelo menos, quatro anos e a sua eficácia pode explicar-se, de alguma forma, com a falta de liquidez das empresas, com o cada vez mais difícil acesso ao crédito bancário e, também, com o desespero de alguns empresários. Em causa está a oferta de empréstimos invulgarmente elevados – há na investigação casos a rondar os 100 milhões de euros - com condições muito favoráveis, impossíveis de praticar por qualquer banco. Na engenharia financeira apresentada, que a própria Judiciária considera altamente credível, o processo incluiu o pagamento de quantias, também elas elevadas, que servem para accionar os mecanismos de financiamento. E é aqui que a burla se concretiza, porque as vítimas nunca receberam os empréstimos, nem o valor inicialmente investido. Ao todo, o inquérito já conta com cerca de 60 empresários burlados, num valor que já ultrapassa os dois milhões de euros. Nesta fraude com origem em Itália, a actividade em Portugal era alegadamente gerida por uma portuguesa de 55 anos, residente nos arredores do Porto, que tinha como função angariar e convencer as vítimas. Essa mulher é para já a única detida nesta investigação da Judiciária e vai aguardar julgamento em prisão preventiva, medida de coacção que lhe foi entretanto aplicada pelo Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa
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