Um grupo de mulheres fez filmagens do momento em que conduziam em cidades sauditas este sábado, desafiando advertências do governo de que seriam presas e processadas se tomassem parte na campanha contra o direito exclusivo dos homens de conduzir no país, disseram activistas.
Mas muitas participantes da campanha ficaram em casa, após telefonemas de homens a dizerem ser do Ministério do Interior, afirmaram as organizadoras da manifestação contra a proibição de as mulheres conduzirem.A polícia colocou postos de controlo em algumas partes de Riade, disseram testemunhas, e pareceu haver mais agentes de trânsito do que o normal nas ruas da capital - no mais recente sinal da sensibilidade do assunto no reino ultraconservador.
«Conheço várias mulheres que conduziram esta manhã. Vamos publicar vídeos (online) mais tarde», disse uma das organizadoras da campanha.
Cinco vídeos foram colocados no YouTube e Twitter neste sábado de manhã, com data de 26 de Outubro, e supostamente mostram mulheres a conduzir em Riade, na região-oásis de al-Ahsa e na cidade de Jeddah.
Não foi possível verificar quando foram feitas as imagens.
O rei Abdullah tem impulsionado algumas reformas cautelosas, expandido a educação e o emprego para as mulheres. Mas também tem sido muito cuidadoso para não criar grandes atritos com os clérigos conservadores.
Mesquitas de toda a Arábia Saudita divulgaram sermões na sexta-feira a apelar para que as mulheres ficassem em casa.
Os protestos são ilegais na Arábia Saudita e reivindicações públicas de mudança política e social são tradicionalmente interpretadas pelas autoridades como um desafio inaceitável à autoridade da família Al-Saud, que governa o país
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