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14:06
OXFORD

O Presidente moçambicano, Armando Guebuza, condenou hoje o ataque, atribuído à Renamo, que destruiu um autocarro na zona de Muxúnguè, em Sofala, no centro de Moçambique, causando um morto e ferimentos em nove pessoas, incluindo uma criança.
O porta-voz da Presidência de Moçambique, Edson Macuácua, disse que apesar do «ataque perpetrado pela Renamo», o chefe de Estado moçambicano pretende dialogar com o líder do principal partido da oposição, Afonso Dhlakama, que se encontra em parte incerta.
Em declarações hoje aos jornalistas, Edson Macuácua disse que o Presidente moçambicano considera que «a única solução de qualquer diferença é o diálogo».
Em contacto com a Lusa, o porta-voz da Renamo, Fernando Mazanga, disse que os atos não podem ser imputados ao principal partido da oposição moçambicana, porque este "perdeu a voz do comando".
Na segunda-feira, as Forças de Defesa e Segurança de Moçambique (FADM) anunciaram um ataque e ocupação do local onde Afonso Dhlakama viveu durante um ano, e, segundo a imprensa moçambicana, houve pilhagens de bens do lider da oposição.
Desde que foi desalojado do acampamento em que vivia em Sandjudjira, na província de Sofala, centro de Moçambique, pela ofensiva do exército moçambicano, Afonso Dhlakama é dado pela imprensa local como "fugitivo", mas desconhece-se se pesa sobre ele um mandado judicial.
Na sexta-feira, a Renamo anunciou a morte do deputado da sua bancada parlamentar Armindo Milaco em resultado do ataque contra Sandjudjira.
Entretanto, o porta-voz da Presidência criticou as organizações da sociedade civil moçambicana por não condenarem o ataque, considerando o silêncio como "estranho e preocupante".
Na quarta-feira, organizações moçambicanas Armando Guebuza, de violar a Constituição com o ataque do exército à base da Renamo, sob pretexto de reposição da ordem pública, porque, dizem, constitucionalmente esta ação cabe à polícia.
Hoje, o porta-voz da Presidência moçambicana afirmou que se as forças de defesa e segurança fizessem "o contrário seria uma inconstitucionalidade".
Para Edson Macuácua "é estranho e preocupante que quando acontecem ataques da Renamo contra todo o tipo de alvos, incluindo contra crianças, as organizações da sociedade civil fiquem em silêncio", mas quando o exército reage a ataques, apareçam "discursos inflamatórios de condenação".
"Qual é a agenda desses organismos?", questionou Edson Macuácua, que acusou as organizações da sociedade civil moçambicana de "defenderem interesses inconfessáveis".
Moçambique atravessa a sua pior tensão política e militar desde a assinatura do Acordo Geral de Paz em 1992.
Diário Digital / Lusa
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